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Segundo estudo, cerca de 19% dos alunos entre 6 meses e 15 anos apresentam problemas de visão 

  • 23 de outubro de 2024
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Uma pesquisa realizada pelo projeto Em um Piscar de Olhos, envolvendo 110.700 alunos com idades entre 6 meses e 15 anos, revelou um dado alarmante: 19% dos estudantes apresentavam algum tipo de problema de visão. Dentre esses, aproximadamente 18 mil crianças não utilizavam óculos ou qualquer forma de correção visual. 

A visão é um dos sentidos mais importantes para o aprendizado, especialmente durante a infância e a adolescência, quando os alunos estão em uma fase crítica de desenvolvimento cognitivo e social. No entanto, muitos estudantes enfrentam dificuldades visuais que podem afetar de forma significativa o seu desempenho escolar.

O levantamento teve como base a pré-avaliação de estudantes de 422 escolas, situadas em nove estados do país. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Educação do Distrito Federal e o setor privado e oferece atendimento oftalmológico para alunos da rede pública, diagnosticando e tratando problemas de visão diretamente nas unidades escolares.

Entre os mais de 21 mil estudantes avaliados com problemas na vista, quase 3% apresentaram anisometropia, uma condição em que um olho possui um grau de refração diferente do outro. Essa condição pode levar ao desenvolvimento do “olho preguiçoso”, que é a principal causa de perda visual na infância.

Além disso, um levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, realizado em 2023, indicou que 23 milhões de crianças em idade escolar no Brasil enfrentam problemas de refração que impactam seu desempenho diário. Esses problemas visuais não afetam apenas a capacidade de aprendizado, mas também influenciam a autoestima e a inserção social dos jovens.

Em sala de aula, é fundamental que os professores estejam atentos aos sinais que indicam que um aluno pode estar enfrentando dificuldades visuais. Por exemplo, alunos que coçam os olhos com frequência, piscam excessivamente ou têm dificuldade em manter a atenção, podem estar experimentando desconforto visual. 

Outro ponto a ser considerado além dos problemas de saúde e genéticos, é que o tempo excessivo de uso de telas pode acarretar uma série de complicações na visão, impactando diretamente o desempenho escolar e a saúde ocular dos alunos. O Ministério da Saúde alerta que o tempo prolongado de tela pode agravar problemas oculares em crianças, incluindo miopia e fadiga visual.

Para promover a saúde ocular e mitigar efeitos adversos, a Sociedade Brasileira de Pediatria aconselha fazer pausas frequentes ao utilizar dispositivos eletrônicos, ajustar configurações como brilho e contraste, manter uma distância equivalente ao tamanho de um braço da tela e incentivar os jovens a fazerem atividades ao ar livre.