No universo da tecnologia, onde smartphones com inúmeros recursos e aplicativos dominam, existe uma alternativa que tem ganhado espaço, principalmente quando o assunto é a utilização por crianças. Estamos falando dos “dumbphones”, ou em uma tradução livre, “telefones burros”. Mas não se deixe enganar pelo nome, há muito mais inteligência por trás dessa escolha do que se imagina.
Os dumbphones são aparelhos celulares que se diferem dos smartphones por sua simplicidade. Eles possuem recursos limitados, focando principalmente em funções básicas como ligações e envio de mensagens de texto. A maioria dos modelos não possui acesso à internet, logo, não são compatíveis com aplicativos de redes sociais populares como Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.
E onde está a vantagem disso, principalmente quando pensamos nas crianças? A resposta é simples: segurança e controle. Esses dispositivos oferecem uma solução prática, permitindo que as crianças permaneçam conectadas com a família e os amigos, evitando mídias sociais, jogos e outros conteúdos online que possam causar distrações ou serem inapropriados.
O uso de telas entre crianças tem sido um tema de crescente interesse para pesquisadores, educadores e pais, especialmente à medida que a tecnologia se torna uma parte cada vez mais integral da vida cotidiana. Uma pesquisa realizada pelo portal Mobile Time em parceria com a Opinion Box em 2023 revelou quanto tempo por dia as crianças brasileiras usam smartphones: crianças de 0 a 3 anos utilizam o aparelho por 1 hora e 28 minutos em média; de 4 a 6 anos por 1 hora e 35 minutos; de 7 a 9 anos por 2 horas e 15 minutos e de 10 a 12 anos o uso foi de 2 horas e 46 minutos, respectivamente.
Quando se trata do desenvolvimento mental das crianças, a ausência de acesso às redes sociais nos dumbphones pode ser uma grande vantagem. Com o aumento da conscientização sobre os efeitos potencialmente nocivos do excesso de tempo de telas e da exposição precoce às redes sociais, muitos pais estão optando por dumbphones para seus filhos.
No mundo atual, onde as crianças estão cada vez mais expostas a tecnologia e a internet, os dumbphones surgem como uma alternativa que garante a comunicação, mas limita a exposição aos riscos característicos das redes sociais. Não é novidade que essas plataformas, apesar de úteis, podem trazer conteúdos inadequados, cyberbullying e até mesmo favorecer o desenvolvimento de comportamentos viciantes.
Além disso, sem a presença constante das notificações de redes sociais, as crianças tendem a desenvolver uma relação mais saudável com a tecnologia, evitando a dependência e favorecendo a interação e comunicação real e pessoal. Ou seja, o dumbphone, apesar de possuir menos recursos quando comparado à tecnologia dos smartphones, se mostra uma alternativa inteligente para quem busca uma opção segura e controlada de celular para crianças, podendo ser a escolha perfeita para o primeiro aparelho do seu filho.